Allan Goldman já havia
desenhado quadrinhos do Super-Homem e dos Jovens Titãs para a editora
O brasileiro Allan Goldman, que trabalhava na
Chiaroscuro Studios, empresa que presta serviços de ilustração para as gigantes
dos quadrinhos Marvel e DC Comics, foi demitido após fazer comentários sobre o
caso da jovem de 16 anos que foi estuprada no Rio de Janeiro. Em post em seu
Facebook, o ilustrador escreveu: "O que acontece se os 30 estupradores da
menina alegarem que são mulheres? Segundo a ideologia de gênero dos
esquerdistas, uma pessoa é o que sente, e sua biologia não importa".
No
sábado, a Chiaroscuro se pronunciou sobre o desligamento do funcionário com uma
publicação em sua página no Facebook, sem citar o nome de Goldman. A empresa se
colocou em defesa das mulheres e da comunidade LGBT, além de declarar apoio a
todas as minorias. "A apologia e banalização da violência e da
discriminação não cabem mais na sociedade e tampouco em nossa empresa. Por esse
motivo e à luz dos recentes acontecimentos que acabam de chegar ao nosso
conhecimento, decidimos encerrar o relacionamento com artistas não alinhados
com valores que, para nós, são absolutamente inegociáveis", diz o
comunicado.
Nos comentários, enquanto alguns usuários da rede
social acusaram a empresa de censurar o ilustrador, outros apoiaram a atitude:
"Me choca ver pessoas confundindo tolerância, liberdade de expressão e
opinião com a banalização de um crime. Pode se defender qualquer ideia, menos a
criminosa. Parabéns pela atitude", escreveu um.
O brasileiro, que mais tarde apagou a postagem de
sua página, ainda foi criticado por trazer em sua foto de perfil uma faixa
apoiando a candidatura à presidência do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
Bolsonaro foi processado pela deputada Maria do Rosário (PT-RS) por dizer que só
não a estupraria por ela não merecer.
Goldman já trabalhou desenhando histórias para
quadrinhos de personagens famosos da DC Comics, como o Super-Homem e os Jovens
Titãs.
(Da redação)
Postar um comentário
Blog do Paixão